Campinas ganha a Casa de Vidro, um novo centro multicultural
A Casa de Vidro, localizada no Lago do Café (Avenida Dr. Heitor Penteado, 2.145), está aberta à população de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 13h. A entrada é gratuita
Com arquitetura imponente em concreto e vidro, e cercada por espelho d’água, a Casa de Vidro é o novo centro multicultural da cidade. O espaço de 1,5 mil metros quadrados construído na década de 1970 no Lago do Café, em Campinas, foi inaugurado na noite de quinta-feira, 28 de setembro, com as presenças do prefeito Jonas Donizette, do secretário de Cultura, Ney Carrasco, autoridades locais e regionais, artistas e apreciadores da Cultura.
O espaço, revitalizado em 2016 pelo Campinas Decor e agora transformado para receber múltiplas atividades culturais, abrigará manifestações de dança, exibições de filmes e documentários, debates, artes visuais e exposições temáticas. O local também receberá mostras temáticas do acervo do Museu da Cidade.
Ao destacar a cultura como um importante instrumento de transformação, o prefeito Jonas Donizette afirmou que a Casa de Vidro, assim como outros espaços culturais, qualifica em muito a vida das pessoas. “É importante lembrar que as atividades que aqui transcorrerão vão favorecer nossos planos de aumentar a frequência de público do Lago do Café como um todo”, afirmou.
Para o secretário de Cultura, Ney Carrasco, o espaço traz um conceito diferente, sem paralelo em lugar nenhum. “A Casa de Vidro estará aberta para receber propostas de variadas linguagens e irá descobrindo sua vocação”. O titular da pasta ressaltou ainda a colaboração de todos os envolvidos no projeto da Casa de Vidro: “Não tem como medir a força do trabalho.”
O prédio, sede do antigo Instituto Brasileiro do Café, foi desenhado pelo arquiteto Roberto José Goulart Tibau (1924-2003) e tem grande influência de Le Corbusier, arquiteto franco-suíço estudado nas escolas de arquitetura brasileiras nas décadas de 1950 e 60. Nas linhas e traçados nota-se a monumentalidade do concreto armado, bem ao estilo brutalista, e a leveza das paredes externas de vidro que proporciona uma bela visão do Lago do Café.
Durante a inauguração de ontem, o público conferiu uma série de atividades. A programação teve início com o debate “Diálogo Aberto com a Cidade”, que reuniu o arquiteto Alan Cury, do Instituto de Arquitetos do Brasil; Flávio Carnieri, da Produtora Alabama e os professores de Artes Plásticas, Sylvia Furegatti, do Instituto de Artes da Unicamp, e Paulo Cheida, da PUC-Campinas.
Na sequência, houve o lançamento do documentário “Identidade, Música e Arquitetura”, e abertura da exposição fotográfica “Cidade e Cotidiano”, de Felipe Lima, além da mostra coletiva “Atravessamentos Poéticos”, organizada por Sylvia Furegatti, com a participação dos artistas Valéria Scornaenchi, Vane Barini, Patricia Rebello, Iza Figueiredo, Heloisa Sandoval Gregori, Marilde Stropp, Ana de Almeida, Alzira Ballestero, Thiago Bortolozzo, Maria Luíza Canela, Danilo Garcia e Sylvia Furegatti.