Após 100 dias, Guarani e Ponte Preta encaram a pandemia e se preparam para eventual retomada
Dérbi campineiro foi a ultima partida antes da paralisação do Paulistão
O Campeonato Paulista de 2020 está paralisado desde o dia 16 de março, devido à pandemia de Covid-19, que impactou o mundo. Justamente nessa data, ocorreu o confronto histórico entre Guarani x Ponte Preta, no Brinco de Ouro, no qual o time mandante saiu vencedor pelo placar de 3×2.
Nesta Quarta Feira (24), o Paulistão atingiu a marca de 100 dias sem jogos. Com esse período longevo, os times de Campinas sofreram mudanças, com saídas e chegadas de jogadores e até mesmo cortes salariais. Como será que a dupla da maior cidade do interior de São Paulo está se preparando para uma suposta volta das partidas? Vamos conferir.
Guarani:
Com a negativa do Governo para não voltar os treinamentos em Campinas, o Bugre se instalou em Americana para fazer as baterias de exames em seus atletas, comissão técnica e funcionários. Até o momento, a diretoria informou que não há ninguém de seus comandados com suspeita de corona vírus.
A equipe de Tiago Carpini, se encontra na segunda colocação do grupo D, com 16 pontos. Uma campanha de 10 jogos (4V-4E-2D), o Guarani deve voltar forte para garantir a vaga na próxima fase, nas duas partidas que ainda lhe restam, já que está há cinco pontos de vantagem para o terceiro colocado, Corinthians. Quem lidera a chave é o Bragantino, com 17.
A diretoria verde fez três contratações nessa parada. Um velho conhecido, Arthur Rezende, está de volta, vindo do Bahia. A segunda fica por conta do zagueiro Didi, ex Botafogo-SP. E por fim, o atacante Elias Carioca, que veio do Athletico.
A lista de saídas é um pouco maior. A dupla de zagueiros, Leandro Almeida e Vitor Mendes, o lateral Thalysson, o meio campista Bady, juntamente com os atacantes Todinho e Juninho, deixaram o Brinco de Ouro em direção a novos ares.
O bugre cortou cerca de 25% dos salários de seus jogadores e funcionários, por conta da pandemia de Covid-19.
Ponte Preta:
A macaca ainda amarga a derrota de virada para seu rival antes da pausa. O tempo de lamentação deverá acabar logo mais, porque a situação é mais complicada dentro de campo do que podíamos imaginar antes de começar a temporada. Com uma campanha de 10 jogos (2V-1E-7D), com apenas sete pontos, ocupando a lanterna do grupo A, a Ponte briga contra o rebaixamento no Paulistão.
Imaginando o melhor cenário possível, de acordo com o regulamento do Campeonato, a macaca não só pode escapar da queda, como pode ter chances de classificação para a quartas, já que três pontos a separa do segundo colocado, Oeste, que tem 10. Os comandados de Brigatti terão pela frente o Novorizontino e o Mirassol para tentar esse feito.
A diretoria da macaca fez contratações nessa pausa. Os zagueiros Ryan e Luizão, que vieram da Ferroviária e Santo André, respectivamente, encabeçam a lista. Mais três atletas desembarcaram no Majestoso, vindo de Mirassol, são eles: os meias Neto Moura e Camilo, acompanhados do lateral Ernandes. Nessa parada, a Ponte não teve saídas de jogadores.
Também por conta da Covid-19, cortes salariais de 25%, fizeram parte da pandemia pontepretana. Já os testes em seus atletas e funcionários, estão sendo feitos online, por conta da equipe ainda não ter se reapresentado de forma presencial.
E a volta?
O Paulistão ainda não tem data oficial confirmada para o seu retorno, até porque nem todos os times se reapresentaram e os casos da doença não diminuem. Com isso, cada equipe ainda terá duas partidas para serem realizadas na primeira fase, antes do mata-mata. A Ponte Preta receberá o Novorizontino, no Majestoso, e encerra contra o Mirassol, fora. Já o Guarani, medirá forças com o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, e depois recebe o São Paulo, no Brinco.
Por: Anderson Pinheiro