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Cultura

Documentário “EruditoPopular” tem estreia em Campinas

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O Cine CPFL, em Campinas, promove, na terça-feira, 27 de novembro, em duas sessões, às 19h e às 20h30, a estreia do documentário “EruditoPopular”  (2018, 50min, livre), de Ricardo Feldman.

O filme, uma produção da Livre Conteúdo em parceria com o Instituto CPFL, será exibido novamente na quinta-feira, 06/12, à 20h, no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo. A entrada é gratuita.

Gravado em seis concertos, com entrevistas conduzidas pelos jornalistas João Marcos Coelho, João Luiz Sampaio e Carlos Calado no Auditório Umuarama, no Instituto CPFL, em Campinas, o documentário questiona o que é erudito e o que é popular na música contemporânea.

Confira a sinopse:

O que é erudito? O que é popular? Essas classificações fazem algum sentido hoje em dia? Grandes músicos brasileiros em variadas formações comprovam que não há degraus de qualidade que os separem. Vale como critério fundamental apenas a qualidade de invenção – seja na música escrita, seja naquela que é criada no instante da execução, a música improvisada.

Segundo o roteirista João Marcos Coelho, “a música hoje felizmente pratica esta saudável ausência de preconceitos”. “Nem prevalece o esnobismo dos frequentadores das salas de concerto; nem os que gostam de música popular. Na verdade, adjetivos como ‘erudito’ (em má hora cunhado por Mário de Andrade para qualificar a música de concerto) e ‘popular’ não fazem mais sentido atualmente. O que vale, mesmo, é a qualidade de invenção. É isso que procuramos mostrar neste documentário no qual quem tem voz são só os músicos”.

O documentário “EruditoPopular” procura desvendar as razões de convivência tão instigante e atraente para todos os tipos de ouvidos.

“É emocionante ouvir e perceber como as referências desses músicos se mesclam com composições chamadas eruditas, criando novos blends sonoros, recriações ou até cocriações bem condizentes com o mundo digital. Não é à toa que a música de invenção é também conhecida como música contemporânea: ela vive em seu tempo, mas acumula as diversas camadas de história nesse caminho”, comenta o diretor Ricardo Feldman.

O documentário conta com depoimentos com o do pianista, multi-instrumentista e compositor André Mehmami, para quem a divisão entre música erudita e música popular simplesmente não existe. Segundo ele, a divisão é entre “música necessária” e “música descartável”.

Já para o também pianista e idealizador do Zimbo Trio, Amilton Godoy, a música erudita é fonte inesgotável de estudos e pesquisas que o levaram – e ainda hoje o impulsionam – a inovar no domínio da música improvisada.

O guitarrista Yvo Ursini, do Grupo B, ressalta como é complexo – e ao mesmo tempo gratificante – destrinchar e trazer para a sonoridade de um quinteto de rock obras-primas de grandes compositores do século 20, como o norte-americano Charles Ives.

E, caminhando numa trincheira libertária parecida, o saxofonista e flautista Teco Cardoso quer, ao lado do parceiro pianista Tiago Costa, transportar para o domínio da música improvisada o cuidado minucioso com as sonoridades e as integrações entre os instrumentistas – reproduzindo, com temas que podem ir do compositor russo Aleksander Scriabin a Carlos Gomes, o clima camerístico próprio dos quartetos de cordas, por exemplo.

O documentário EruditoPopular foi realizado pela Livre Conteúdo, Ministério da Cultura e Governo Federal por meio da Lei Rouanet, com patrocínio da CPFL Energia e o apoio cultural do Instituto CPFL.

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