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Emoção e carinho marcam a visita do Vôlei Amil ao Centro Infantil Boldrini em Campinas

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O Vôlei Amil está em ritmo forte de preparação para a final do Campeonato Paulista Feminino. O primeiro jogo do playoff contra o Sollys/Osasco será neste domingo (4), na Arena Amil, em Campinas. Mas nesta terça-feira (30), a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães aproveitou o período que antecedeu o treinamento da tarde para uma visita ao Centro Infantil Boldrini, referência na América Latina no tratamento de câncer infantil. E a troca de energia entre atletas, comissão técnica e as crianças, seus familiares e a equipe do hospital certamente ficará no coração e mentes de todos.

Doutora Silvia recebe a camiseta da Amil

A médica Silvia Brandalise, presidente do Boldrini, guiou a equipe do Vôlei Amil por diferentes alas do hospital, o que permitiu a interação das atletas e treinadores com várias crianças e seus familiares. O técnico José Roberto Guimarães foi o mais requisitado para fotos e fez questão de dar atenção a todos. “Encontramos algumas crianças e convidamos para ver o jogo de domingo, e elas queriam conversar e perguntar algumas coisas. E foi um momento legal, de energia e isso foi importante, um prazer ter vindo, ter conhecido a doutora Silva, que é uma batalhadora. Muito bom saber o que é feito em Campinas”, afirmou o treinador.

Uma das convidadas por José Roberto foi Bruna Pedroso Batista, de 13 anos, que fez questão de posar ao lado do treinador. “Foi muito legal e gostei muito da visita. Nunca vou esquecer esse momento”, disse a garota. “É o que a gente pode trazer e pode dar. É uma felicidade grande ver as jogadoras interagindo com as crianças, se preocupando. A gente tem que rezar muito, ter muita fé e torcer para que tudo dê certo para todos os meninos e meninas. A doutora Silvia estava me dizendo que 80% dos casos aqui são solucionáveis e que ela ainda fica triste com os 20% que não acontecem, mas que eles não vão desistir nunca. E é isso que a gente tem que passar, essa energia de não desistir nunca, de tentar sempre o 100%, de fazer o melhor. E para isso a gente conta com toda a população ajudando e se importando como acontece aqui em Campinas, com o trabalho do voluntariado que é muito importante e bonito”, completou José Roberto.

Todas as atletas distribuíram sorrisos, carinho e procuraram conversar com as crianças. A ponteira Soninha se encantou com a pequena Sara, de 4 anos, e não sossegou enquanto não conseguiu um sorriso da criança. “Fico muito emocionada e isso mexe comigo. Vou voltar aqui outras vezes para visitar, gostei muito da menininha. Acredito que isso dá uma motivação para as crianças e também para a gente. Às vezes a gente reclama da da vida e isso aqui é um ensinamento. Quando jogava na Itália eu também fui a hospital e a gente fica muito emocionada, mas com o tempo você acaba fazendo parte. E só de estar ali, dar atenção, um sorriso, eles ficam felizes”, contou. A mãe de Sara, Andreia de Lima, adorou o carinho das atletas do Vôlei Amil. “A gente se sente tão sozinho, fica apenas com os enfermeiros, e acho essas visitas interessantes porque mostra que essa doença não vai nos afastar do mundo. E ter essas pessoas aqui nos ajuda minimizar o sofrimento, pois acaba com a sensação de isolamento. E ter uma pessoa aqui para tirar o sorriso dela é muito bom. Apoio e abraço a ideia das visitas e espero que o time volte mais vezes.”

Apesar do clima de alegria e do agradável e diferenciado ambiente do hospital, Não é fácil segurar a emoção em meio a crianças com doenças tão graves. Natasha foi uma das atletas que, em determinado momento, não conseguiu conter as lágrimas. “No início achei que iria ficar mais tranquila, mas vendo essas crianças, pelo momento delas, me comovi com a luta delas. Me emocionei também porque meu avô, infelizmente, morreu de câncer também, mas acredito que essa nossa visita só tem a fortalecer a todos, que traga alegria para nós e também para elas”, lembrou.

A central Renata salientou a importância de uma visita como a de um time como o Vôlei Amil. “Acho que é importante para as crianças ver pessoas diferentes, sentir essa energia, acredito que eles devem gostar bastante. São muito guerreiros, a maioria é bem novinho, e vão levar essa garra pela vida toda. É também um exemplo para nós.”

A presidente do Centro Infantil Boldini, Silvia Brandalise, concorda. “As visitas como essa do Vôlei Amil não são um remédio milagroso, mas a presença deles aqui ajuda a alma e ajuda o corpo desses pacientes”, avalia. José Roberto Guimarães atesta também o que todos levam de um encontro como o desta terça-feira. “Fiquei impressionado com a estrutura do hospital, que tem muita coisa bacana. É um trabalho excepcional feito pela equipe de médicos, funcionários e voluntários. Valeu a pena ter vindo, ter podido ver tanta coisa bonita, tanta coisa feita para o bem. Levamos também um pouco de tristeza em ver tanta criança sofrendo, mas isso é a vida. Mas temos que tentar ajudar, fazer a nossa parte como cidadão, pai e avô.”

Mãozinha para o Boldrini –O Vôlei Amil fez mais que apenas visitar o Centro Infantil Boldrini. Além de entregar uma camiseta oficial autografada por todos do time, parte do elenco (Daymi Ramirez, Soninha, Pri Daroit e Natasha, além de Zé Roberto) gravou uma vídeo para o programa “Dê uma Mãozinha para o Boldrini”, programa de TV que visa arrecadar fundos para o hospital, que é filantrópico. José Roberto ainda aceitou o convite para ser o garoto propaganda da Corrida Mais Vida Boldrini, que será realizada dia 14 de abril de 2013, prova que tem a renda voltada para o hospital. “Agora estamos ansiosos para gravar o filme com o Zé Roberto. Acreditamos muito na força da imagem dele, do que ele é como profissional vai trazer de ganho para o evento”, afirmou Cristina Pereira, coordenadora de eventos do Boldrini.

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