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Cultura

Gracindo Junior estreia Canastrões no Teatro Amil

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Sob a direção do espanhol Moncho Rodriguez, peça é aula sobre teatro para todas as idades

O espetáculo Canastrões estreia no dia 1º de março, no Teatro Amil; apresentações sextas e sábados, 21h, e domingos, 19h, até 31 de março. No palco, duas gerações da família Gracindo fazem uma reflexão sobre o papel do ator no mundo atual. Herdeiros de Paulo Gracindo (1911-1995), Gracindo Junior e seus filhos, Gabriel e Pedro, prestam uma homenagem ao “bem-amado” e ao seu ofício.

Com texto e direção do encenador espanhol Moncho Rodriguez, a peça tem toques de espetáculo musical e visual caprichado, com cenário e figurinos inspirados na Idade Média. Máscaras e marcações corporais remetem à commedia dell’arte e a grupos mambembes. Pedro Gracindo toca alguns instrumentos, como rabeca, flauta e uma espécie de sanfona, em cena.

“É um espetáculo construído a cada apresentação, trata-se de uma aula de teatro para todas as idades. No palco, é como se os três (eu, Gabriel Gracindo e Pedro Gracindo) fossem um ator só”, diz Gracindo Junior.

Sobre o texto
A dramaturgia mostra histórias, sonhos e desejos levando os personagens a percorrer a trajetória do teatro. Eles tiram recordações, tarefas de artistas e pensamentos de suas canastras – espécie de baú, de onde surgiu a palavra canastrão, que passou a ser sinônimo de mau ator.

A história se desenrola em rimas, alternando monólogos a diálogos bem-humorados. O texto de Moncho Rodriguez faz referências a clássicos como Hamlet, Macbeth (ambas de Shakespeare) e Antígona (de Sófocles).

O espetáculo estreou em Póvoa do Lanhoso, seguiu turnê pelo Norte de Portugal, por três meses, passando por Porto e Lisboa; depois cumpriu temporada no Rio de Janeiro, entre junho e outubro do ano passado; e esteve em Recife, em janeiro último.

Sobre Gracindo Junior
Integrou o elenco de radioteatro da Rádio Nacional, nos anos 1960. Ao lado de Marília Pêra, fez a primeira novela da Globo, Rosinha do Sobrado (1965). Vieram outras, como Os Ossos do Barão, O Casarão e Mandala. Entre as décadas 1970 e 1990, dirigiu novelas (A Sucessora e Marrom Glacê); O Sítio do Pica-pau Amarelo; e Os Trapalhões. Agora está na Record, onde fez a novela Poder Paralelo e a minissérie História de David. Trabalhou nas TVs Excelsior, Tupi e Manchete. Em teatro, participou como ator, diretor e produtor em mais de 30 peças, entre elas: O Jogo do Crime (atuou ao lado do pai); Brasileiro – Profissão Esperança, contracenou com Bibi Ferreira; Os Três Homens Baixos; e o musical Judy Garland – O Fim do Arco-Íris. No cinema, participou de mais de 15 longas: Bufo & Spallanzani; Bonitinha Mas Ordinária, de Moacyr Góes; e Tainá, de Rosane Svartman. Como diretor e produtor fez recentemente o documentário Paulo Gracindo – O Bem-Amado.

Sobre Moncho Rodriguez
Com quase 40 anos de carreira, fez mais de 200 espetáculos na Espanha, Portugal e Brasil. É diretor artístico do Centro de Criatividade de Póvoa do Lanhoso, em Portugal, para residências artísticas; coordenador de projetos de intercâmbio artístico entre a Península Ibérica e o Brasil e do Citi – Centro Internacional do Teatro Ibérico.

Ficha técnica
Texto e encenação: Moncho Rodriguez
Elenco: Gracindo Junior, Gabriel Gracindo e Pedro Gracindo
Trilha sonora: Pedro Gracindo e Narciso Fernandes
Figurinos: Moncho Rodriguez
Cenografia: Moncho Rodriguez
Iluminação: Moncho Rodriguez
Cartaz: Juarez Machado
Fotos: Manuel Meira Correia
Diretor de palco e operador de luz: Cristiano Cássio
Direção de produção: Claudia Goldstein
Produção executiva: Osni Jr
Realização: Gracindo JR Produções

SERVIÇO
Local: Teatro Amil
Estreia: 1 de março
Temporada: Até 31 de março
Horários: sexta e sábado, 21h, e domingo, 19h.
Ingressos: R$ 40 (setor 2) e R$ 50 (setor 1)
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

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