O perfil dos líderes vencedores do século XXI
O mercado moderno, dinâmico e dotado de oferta maior que a demanda no que concerne a profissionais, automaticamente, promoveu o processo de expulsão dos chefes. Em um movimento gradativo e quase imperceptível, a cada dia, uma massa de chefes é demitida sumariamente, porque o empresário já entendeu o que tornou-se simples: “Em tempos de assédio moral e equipes de vendas desmotivadas, tudo que não preciso na minha empresa é mais um chefe a disparar chicotadas emocionais.”
Por isso, de posse dessa linha de pensamento, um novo desafio surge para o empresário alinhado com o crescimento do país: Qual é o perfil do líder certo para a minha operação? Antes de responder essa pergunta, tal qual no caso da omelete, é importante deixar claro que se os ovos não forem quebrados, a especiaria não fica pronta, ou seja, para contratar o líder ideal, o empresário precisa definir quanto está disposto a investir. Eu não estou me referindo à remuneração do líder. Mas, acredite: Isso é somente é um mero detalhe. Faço menção para algo muito mais complexo: A seleção e o ambiente.
Seleção: O processo seletivo para líderes não pode ser feito por auxiliares de Recursos Humanos, tampouco por pessoas inaptas que o empresário colocou no cargo de seleção (apenas porque confia). A seleção de líderes requer investimento. Para que o empresário tenha êxito na contratação, é preciso ser vencedor ao selecionar quem seleciona.
E, antes que pense tratar-se de redundância literária, explico: Os bons profissionais de Recursos Humanos são como pilotos de avião, com milhares de horas de entrevistas de líderes ao longo da carreira. Ao contratá-los, peça referências de líderes que eles tenham contratado no passado. Entre em contato e verifique se ainda estão na empresa após cinco ou dez anos. E, finalmente, vem a dica mais difícil de cumprir: Invista! Pague o salário justo, pois esses profissionais, que compõem a nata da seleção, merecem ter salários de executivos.
Hoje, o empresário investe dinheiro e energia em um processo fadado ao Turnover – rotatividade – e, sem perceber, gasta “rios de dinheiro” no processo demissão x contratação, quando a solução mais indolor ao bolso é ter uma pessoa que lhe garanta uma seleção limpa, ou seja, a contratação de líderes que permaneçam no cargo e gerem os melhores resultados.
Ambiente: De nada adianta você dar um pulo na empresa do concorrente e trazer o melhor líder da empresa dele para atuar na sua, se o seu ambiente está contaminado por insatisfação, desmotivação e falta de comprometimento generalizado. As pessoas reagem ao ambiente, portanto, sozinhas, não removem montanhas nem com muita fé, como o ditado sugere. Ao contratar o melhor líder, faça uma faxina funcional na empresa, de duas formas:
Demita aqueles que não produzem mais, sem dó ou outro sentimento de obrigação em manter funcionários que não oferecem tudo de si.
Transfira para outros departamentos as pessoas que são talentosas, mas estão improdutivas na atual posição.
Pronto! A partir daí, você tem um líder bem selecionado, contratado por uma pessoa experiente e fez uma faxina organizacional na empresa.
Para coroar o bolo, a cereja é o investimento em educação empresarial. Invista em treinamentos corporativos, presenteie a sua equipe, não apenas com um churrasquinho qualquer, mas com uma bela contratação de especialistas vencedores que possam motivar e instigar a sua mais poderosa estratégia de vendas: As pessoas.
Agora ficou simples, pois o mais difícil não é encontrar as características do líder do século XXI. Isso até mesmo os sites de busca e os milhões de artigos já publicados por profissionais do mundo inteiro lhe ensinarão. A dificuldade maior reside exatamente na limitação do empresário contratante que, muitas vezes, falha nos investimentos e escolhas para em seguida acusar o mercado, o governo ou qualquer figura representativa que esconda a sua incapacidade momentânea.
Desejo que o discernimento lhe apadrinhe e que você esteja sempre vencendo!
Pereira Vencendo é palestrante de empreendedorismo, liderança, superação e vendas, e diretor do Instituto Vencendo. Hoje, com 35 anos de experiência profissional, Pereira é certificado em Programação Neurolinguística (PNL) e Coaching.