Vinhos, paixão e profissão
Por Ricardo de Paula Custódio
Ao apreciar uma boa taça de vinho, muitas vezes não pensamos em todo o conhecimento técnico e científico, além do cuidado desde a colheita até o engarrafamento, empregados em cada rótulo. A arte de combinar ciência e paixão em uma vinícola fica a cargo do enólogo, profissão regulamentada no Brasil desde 2007 e homenageada no dia 22 de outubro.
A profissão é reflexo de um mercado que não enxerga crise – segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), os vinhos, sucos, espumantes e outros produtos derivados da uva registraram crescimento no consumo, mas o vinho tinto se destacou, com um avanço de 4,6% em comparação a 2014, chegando a 9,1 milhões de litros comercializados – e cada vez mais busca profissionais especializados e apaixonados pelo mundo do vinho.
Além disso, o brasileiro está de fato bebendo mais vinho. De acordo com os dados do Anuário do Vinho 2013, o consumo da bebida cresceu 30% entre 2007 e 2010 no país, uma das maiores taxas mundiais de crescimento. Esse aumento do interesse dos brasileiros por vinhos nacionais e importados e a incorporação da bebida nas mesas das famílias fortalece não só a profissão, mas também as lojas físicas que abrem espaço para esse segmento.
Esse cenário é excelente para os profissionais que já estão no mercado e também para os inúmeros admiradores e curiosos de vinhos, que encontram aí a oportunidade de uma profissão que uma perfeitamente paixão e técnica.
Ricardo de Paula Custódio, sommelier da rede Oba Hortifruti