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Campinas recebe urologista americano para atualização sobre doença de próstata

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No dia 8 de dezembro, o Hospital Vera Cruz vai receber 12 urologistas de todo o Brasil, além de Argentina, Colômbia e Equador, para treinamento avançado do equipamento a laser GreenLight XHPS (Extra High Performance System) em cirurgias prostáticas. São médicos que irão se aprimorar na tecnologia para procedimentos de Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP), doença que atualmente atinge 80% dos homens acima de 50 anos.

O urologista norte-americano Lewis S. Kriteman*, de Atlanta, ministrará as aulas práticas junto com o urologista Sandro Faria, responsável do Hospital Vera Cruz por capacitar a classe médica do Brasil e da América Latina para a utilização do equipamento a laser, uma nova versão com 180 watts de potência, capaz de vaporizar próstatas maiores em menos tempo.

*Lewis é formado pelo Albert Einstein College of Medicine, New York, e diretor de Pesquisas Clínicas da North Fulton Urology, USA. Também pertence à American Urological Association e é membro da American Medical Systems e consultor da Boston Scientific, USA.

Sobre a Hiperplasia Benigna da Próstata
A patologia é a mais comum na próstata e resulta do inchaço da glândula, que obstrui parcial ou totalmente a uretra, prejudicando o fluxo normal da urina. É uma doença silenciosa e que provoca infecção urinária frequente e alguns raros casos podem evoluir para insuficiência renal.

REALIDADE DA DOENÇA
A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) é a doença prostática mais comum, com índice de 90% dos casos. Ela acomete aproximadamente 80% dos homens que estão acima de 50 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Esse número alarmante pode deixar a situação ainda pior se as projeções do Ministério da Saúde para 2013 se concretizarem: 119 mil homens não terão acesso à cirurgia de HBP, o que levará a um maior volume de troca de sonda vesical nos hospitais e piora do estado de saúde geral da população masculina.

Somente a HBP atinge mais de 14 milhões de brasileiros, de acordo com dados da SBU. “No mundo, 72% da população masculina sofre com a doença”, comenta Dr. Sandro Faria, do Hospital Vera Cruz.

O método a laser é considerado o mais eficaz para tratar o HBP e tem ganhado forças também na esfera da saúde pública brasileira, que hoje conta com apenas dois hospitais operando a doença pelo novo método: Hospital Brigadeiro, em São Paulo; e Santa Casa de Poços de Caldas, em Minas Gerais.

Cerca de 20 equipamentos GreenLight estão em operação nos hospitais particulares, mas essa situação tem mudado a partir das respostas rápidas e eficientes da tecnologia, já utilizada nos EUA em mais de 80% das suas cirurgias.

“A transição do método convencional para o procedimento cirúrgico a laser, no caso do HBP, é irreversível no Brasil, tanto pela qualidade do resultado alcançado com o paciente quanto por ser menos oneroso. Hoje temos no Hospital Vera Cruz o primeiro e único Centro de Treinamento Certificado da América Latina na capacitação de urologistas para a utilização do procedimento”, comemora Dr. Sandro Faria, que já treinou 86 médicos em 2012 e pretende duplicar esse número no ano que vem, tendo em vista a disseminação do método e o incentivo à sua adoção pela rede pública para o bem da saúde do homem brasileiro.

Inclusive porque, em meio século, a expectativa de vida da população aumentou 25 anos, ou seja, saltou de 48 para uma média de 73 anos. Isso significa que os homens de hoje vivem mais, e, portanto, podem vir a apresentar doenças prostáticas em fases mais avançadas que antigamente. “Tenho muitos pacientes octogenários que sofrem de HBP e o laser é muito mais indicado nesses casos por ser infinitamente menos agressivo que o método convencional. Também temos que pensar no bem estar do homem e ter cuidados especiais com o idoso”, completa o urologista.

Vantagens do laser
• Enquanto o método cirúrgico convencional exige internação de 3 a 4 dias, repouso de mais de 30 dias no pós-operatório e apresenta grande risco de sangramento, a tecnologia do GreenLight pede internação de 12 a 24 horas, repouso relativo de uma semana e com pequeno risco de sangramento.
• A vaporização a laser não tem nenhuma restrição a pacientes que fazem uso de anti-coagulantes, antiagregantes plaquetários ou medicamentos que contenham AAS (ácido acetil salicílico), pelo contrário, e não há risco de transfusão de sangue, como ocorre no caso da cirurgia convencional.
• Não há limite para o volume de próstata a ser vaporizada com o novo equipamento. Enquanto isso, a cirurgia convencional permite a ressecção de até 60 gramas da glândula, exigindo a realização de cirurgias abertas nos casos que apresentam um volume maior.
• A nova tecnologia permite que pacientes com sintomas leves realizem a cirurgia, o que não ocorre com o método convencional, que pode ser aplicado apenas nos casos de sintomas moderados e intensos.
• Os pacientes podem voltar a dirigir em apenas uma semana, prática que pede um mês na cirurgia tradicional.

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