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Estudo revela os impactos da pandemia nas OSC de Campinas

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Fundação FEAC realiza nova pesquisa com representantes de 66 instituições do município 

Queda nas arrecadações, diminuição das doações e captações de recursos, interrupção de projetos e um cenário de incertezas. Esses são alguns temas apontados pelas Organizações da Sociedade Civil (OSC) durante a nova pesquisa realizada pela Fundação FEAC, com representantes de 66 instituições de Campinas/SP.

O estudo O Impacto da pandemia nas OSC de Campinas teve como foco reconhecer os efeitos gerados pela pandemia na oferta dos serviços, atendimentos e ações junto ao público atendido e comunidade, na sustentabilidade financeira destas OSC durante e pós-pandemia. Também mostra as expectativas futuras pós-pandemia para a continuidade das ações das instituições, a partir das novas demandas apresentadas pela população.

Dividido em quatro blocos, o estudo abordou os temas: Identificação das OSC;  Atuação das OSC durante a pandemia; Sustentabilidade econômica; e  Perspectivas pós-pandemia. O questionário foi aplicado em junho e a pesquisa completa pode ser acessada em: https://www.feac.org.br/pesquisaosc/

Impacto da pandemia X atendimento

As populações que vivem em territórios de vulnerabilidade social são as mais impactadas pela pandemia, seja pelo alto índice de desemprego ou pelo agravamento de situações de violações de direitos já existentes, devido ao isolamento social. Desta forma, as OSC inseridas em territórios onde o poder público não chega, são a única forma de acesso às políticas públicas e direitos.

Questionadas sobre o funcionamento durante a pandemia, 61% das OSC apontam atendimentos e contatos parciais e pontuais com seu público, 21% apenas com atendimentos remotos e apenas 6% apontam que as OSC não estão prestando nenhum tipo de atendimento.

Já sobre as ações que as instituições estão conseguindo realizar nesse momento de pandemia, 77% delas estão distribuindo alimentos e outros produtos de higiene e limpeza para toda a comunidade na qual estão inseridas, independente da família ser atendida ou não na OSC. As ações de conscientização e prevenção da Covid-19 são realizadas por 65%. A distribuição de alimentos e outros produtos apenas para as famílias já atendidas foram apontadas por 45% delas. 

Para 89% das OSC o principal impacto gerado pela pandemia é a diminuição da renda da população, seguida por desemprego (80%) e falta de acesso à alimentação (70%).

Uma das questões relevantes é relacionada à saúde mental das pessoas neste momento de pandemia, representado por 56% das OSC que apontaram o aumento de casos de depressão como um dos grandes problemas enfrentados pela população em situação de vulnerabilidade. Outra situação alarmante relacionada à violação de direitos provocada pela pandemia é o aumento de situações de violência intrafamiliar, apontada por 35% das OSC respondentes. 

Sustentabilidade econômica

A pesquisa revela que diante do cenário da pandemia, as OSC também tiveram impactos que atingem inteiramente a sua sustentabilidade financeira, uma vez que com a crise, parte dos doadores cessaram suas contribuições.

Segundo a pesquisa, 52% das OSC informaram que as doações individuais diminuíram, bem como para 55% das OSC a captação de recursos próprios, como bazares, eventos, aluguéis, também teve uma drástica redução.

Já com relação à continuidade do atendimento, o cenário é de incertezas.  33%  responderam que ainda não sabem por quantos meses terão recursos para operar sem diminuição do número de atendimentos e atividades ofertadas e sem demissão de pessoal.  Enquanto 58% ainda não sabem dizer por quantos meses terão recursos para operar mesmo com diminuição do número de atendimentos e atividades ofertadas e com demissão de pessoal. 

Outros pontos abordados são com relação aos riscos reais de encerramento definitivo das atividades das OSC a curto e médio prazo (entre 6 e 12 meses); o que poderia ocorrer com o público atendido; além das necessidades de adaptações das instituições.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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